29/06/2008

JUCA Nº13 - Mediunidade é uma Faculdade Natural


Mediunidade é uma Faculdade Natural:
• É uma Faculdade porque permite sentir e transmitir a influência dos Espíritos entre o mundo físico e o es­piritual, e pode ou não ser usada.
• É Natural, pois se manifesta espon­taneamente, mas pode ser exer­­citada ou desenvolvida. Sua eclosão não depende de lugar, idade, sexo, condição social ou filiação re­ligio­sa.
A maioria nem percebe o inter­câmbio oculto em seu mundo íntimo, na forma de pensamentos, no estado de alma, nos impulsos, nos pressen­timentos e etc. Mas há pessoas em quem o intercâmbio é ostensivo. Nelas, os fenômenos são freqüentes e mar­cantes, acentuados e bem caracte­rísticos (psicofonia, psicografia, efei­tos físicos etc.), nesses casos perce­bemos que a mediunidade está "aber­ta", ou seja, a recepção de mensagens espirituais já se manifestou de alguma forma. A essas pessoas denominamos médiuns.

MÉDIUM é uma palavra de origem latina; quer dizer medianeiro, que está no meio.
De fato o médium serve de inter­mediário entre o mundo físico e o espi­ritual, podendo ser o intérprete ou ins­tru­mento para o espírito desencar­nado. Para tanto, há requisitos, direi­tos e deveres a serem cumpridos por todas as pessoas, esteja ela com a mediunidade aberta ou não.

SAIBA:
• Todas as pessoas que sentem as influências dos Espíritos, em qualquer grau de intensidade são Médiuns.
• Médium é intermediário, instru­men­to de que se servem os Espíritos de­sencarnados superiores ou inferio­res;
• Essa manifestação atua na vida espiritual, portanto, durante atua na vi­da atual, atuou na vida anterior, atuará depois da morte e até na próxima reen­carnação.
• Ser um bom médium depende úni­ca e exclusivamente do poder de DAR e RECEBER do médium – EMITIR e ASSIMILAR FLUIDOS DOS ESPÍRITOS.
• Ser médium não é privilégio no sentido da "vaidade", mas é privilégio no sentido da grandiosidade que é pos­suir este Dom, e principalmente ser mé­dium é ser privilegiado no sentido da opor­tunidade que temos para aprender, evoluir e resgatar nossos carmas.

QUEM APRESENTA PERTURBAÇÃO É MÉDIUM?

Muitas vezes, ao eclodir a mediuni­dade, a pessoa costuma dar sinais de sofrimento, perturbação, desequilíbrio. Fir­mou-se até um conceito errado entre o povo: se uma pessoa se mostra per­turbada deve ter mediunidade.
Entretanto, a mediunidade não é doença nem leva à perturbação, pois é uma faculdade natural.
Se a pessoa se perturba ante as manifestações mediúnicas é por sua falta de equilíbrio emocional e por sua ignorância do que seja a mediunidade, ou porque está sob a ação de espíritos ignorantes, sofredores ou maus.
Alguns sinais que, se não tiverem causas orgânicas, podem indicar que a pessoa tem mediunidade.
•sensação de "presenças" invisí­veis;
•sono profundo demais, des­maios e síncopes inexplicáveis;
•sen­sações ou idéias estranhas, mu­danças repen­tinas de humor, crises de choro; •"ballonement" (sensação de inchar, dilatar) nas mãos, pés ou em todo o corpo, como resultado de desdobra­mento perispiritual;
•adorme­cimento ou formigamento nos braços e pernas;
•arrepios como os de frio, tremores, ca­lor, palpitações.

O MÉDIUM DEVE SABER QUE:

Cada médium é uma linha de força e a interação dessas linhas irá formar um campo elétrico que será ma­is forte na medida em que as emissões dos médiuns forem mais elevadas, ou seja as linhas de força dependem da intensidade de pensamentos bons e amoráveis do médium.
O professor C. Torres Pastorino na sua obra Técnicas de Mediunidade compara o médium a um capacitor ou condensador elétrico, ou seja, ele é capaz de emitir e receber ondas eletro­magnéticas que podem ser de dife­rentes comprimentos, o que permite o con­­tato com diferentes espíritos, por­tanto, quanto maior a capacidade do mé­­dium em variar o campo de suas emis­sões mentais maior será a sua capa­cidade de comunicar-se com dife­rentes categorias de espíritos.
Para ser um bom médium, precisa ter talento, ou seja, ser bom, saber o que faz e o que é, como se cuidar, o que representa, conhecer a Lei de Ação e Reação, a Lei da Atração, a Lei das Afinidades e seguir o mandamento de Cristo: " Amar a Deus sob todas as coisas e ao seu irmão como a si mesmo".

DESENVOLVER A MEDIUNIDADE: Desenvolver a me­di­unidade não é apenas dar comunicações e incorpo­rar. É apurar e dis­ci­plinar a sensi­bili­dade espiritual, a fim de tê-la nas melho­res con­di­ções possíveis de ma­ni­­fes­tação, e aprender a empregá-la dentro das melhores técnicas e visando as fi­na­lidades mais elevadas.

OBRIGAÇÕES E DEVERES : O desenvolvimento mediúnico abran­ge obrigações e deveres. Não basta incorporar, tem evoluir em es­pírito e isso só acontece seguindo al­gumas regras universais de natu­reza tríplice:

1 - Doutrinação e Evangelização (DEVER)
•Para doutrinar, basta o conhe­cimento intelectual. O médium precisa conhecer e compreender o Universo espiritual, a si mesmo e aos outros seres como criaturas evolutivas, regidas pela lei de causa e efeito.
•Deverá compreender: - o in­ter­­câm­bio mediúnico, - a ação do pen­sa­mento sobre os fluidos emissor e captador, - a compreensão à natureza como fonte inesgotável de energia, - as situações dos espíritos no plano es­pi­ritual superior e inferior, - peris­pírito/espírito (estado de espírito) e su­as propriedades na comunicação me­diúnica, - tipos de mediunidade, etc.
•Para evangelizar é necessária a Luz do amor no íntimo, é preciso vibrar e sentir o ensinamento de Cristo e as Leis Universais.

2- Técnica (OBRIGAÇÃO) São os exercícios práticos para que o médium saiba:
•distinguir os ti­­pos dos espíritos pelos seus fluidos e energias,
•como concentrar ou des­con­centrar,
•como ocorre o desdo­bra­mento, como controlar-se as ma­ni­­­festações (saber abrir e fechar a me- diu­nidade) - analisar o resultado delas.

3 - Moral (DEVER E OBRIGAÇÃO) É indispensável a reforma íntima para que nos libertemos de espíritos perturbadores e cheguemos a ter sintonia com os bons espíritos, à vigilância, oração, boa conduta e a caridade para com o próximo são necessárias, o que atrairá para nós assistência espiritual superior.

Matéria extraída JUCA – Jornal de Umbanda Carismática, edição 13 setembro 2007

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