
Em "Zen...E a arte da desmistificação", o pensador e escritor Daniel Drasin descreve as metas da verdadeira ciência, expõe a oposição pseudo-científica ao avanço científico, e então revela alguns dos absurdos nos quais deve-se apoiar para alguém se tornar um "desmistificador". Leia para aprender, refletir... e rir!
COMO NEGAR PRATICAMENTE TODAS AS COISAS
(Ou o "curso cínico para desmistificar a ufologia, projeção astral, realidade transcendente e demais assuntos proibidos pela ortodoxia")
Fonte: "Zen...And The Art of Debunkery" Daniel drasin (c)1997
http://www.survivalscience.org/debunk/zenartofdebunkery.shtml
INTRODUÇÃO
Então, você teve um contato imediato com um UFO. Ou um sério interesse no assunto da vida extra-mundana. Ou uma paixão para seguir pistas que parecem apontar em direção à existência de uma realidade maior. Mencione qualquer destas coisas para qualquer cientista em atividade e esteja preparado para qualquer coisa desde um ceticismo condescendente até uma ridicularização impiedosa. Afinal de contas, supõem-se que a ciência seja um empreendimento puramente rígido com pouca paciência para noções "expandidas" de realidade.
Certo?
Errado.
Como todos os sistemas de busca da verdade, a ciência, apropriadamente conduzida, tem um impulso profundamente expansivo e liberador em seu cerne.
Este "Zen" no coração da ciência é revelado quando o praticante deixa de lado crenças arbitrárias e preconceitos culturais, e se aproxima da natureza das coisas com uma "mente de principiante". Quando isto é feito, a realidade pode falar de modo espontâneo e livre, e pode ser ouvida com maior claridade. Os testes apropriados e a validação objetiva pode de fato "deve" vir posteriormente.
Ver com humildade, curiosidade e com olhos de iniciante já foi certa vez o principal aspecto da ciência. Mas hoje é geralmente uma história diferente. Conforme o empreendimento científico se orientou em direção à exploração, institucionalização, hiper-especialização e à "nova ortodoxia", este empreendimento cada vez mais se preocupou com fatos desconexos em um vácuo psicológico, social e ecológico. Tão desconectada se tornou a ciência oficial do "maior esquema das coisas" que esta tende a negar ou desconsiderar domínios inteiros de realidade , e a se satisfazer em reduzir toda a vida e consciência à fisica sem-vida.
Conforme o milênio mudou, a ciência parece de muitos modos a trilhar o caminho cansativo das religiões as quais presumidamente veio para substituir. Onde um questionamento livre e desapaixonado certa vez reinou, as emoções agora estão em altana defesa de uma "verdade científica" fundamentalizada. Conforme as anomalias vão se acumulando debaixo de um mar de negações, os "defensores da Fé" e "do Reino" se apegam com crescente "auto-certitude" à carcaça de um paradigma em processo de naufrágio.
Confrontados com evidências provocativas de coisas jamais sonhadas em sua filosofia, muitos cientistas outrora maduros se convertem em um tipo de infantilismo cético caracterizado por uma fé cega no status absoluto do familiar. Então, não devemos ficar admirados ao constatar que tantos âmbitos promissores de pesquisa permaneçam encobertos pela superstição, ignorância, negação, desinformação, tabu...e desmistificação.
O que é a desmistificação? Essencialmente é uma tentativa de "desmistificar" (Invalidar) novas informações e novas visões pela substituição da "propaganda cientista" em lugar do Método Científico.
Para escancarar este comportamento pseudo-científico em sua de modo evidente e com certo alívio embora com certa comicidade eu compuz um útil guia "como-se-faz" para os aspirantes à desmistificação, com uma seção especial devotada à desmistificação da inteligência extra-terrestre . Talvez o assunto mais agressivamente desmistificado em toda a história moderna.
Conforme se fará óbvio para o leitor, eu levei algumas destas estratégias de desmistificação até as raias do absurdo visando "esclarecer o argumento".
Pelo resto, a sua forma inerentemente falaciosa de raciocínio, lógica distorcida e pura estupidez irão soar frustrantemente familiares a aqueles que ousaram explorar por debaixo do oceano de negações e tentaram com boa vontade registrar e reportar a respeito do que acharam.
Portanto, sem mais delongas....
COMO DESMISTIFICAR PRATICAMENTE TODAS AS COISAS:
1- Antes de começar a negar, prepare seu equipamento. Equipamento necessário: uma cadeira de encosto.
2- Faça uma expressão facial adequada. Cultive um ar condescendente, que sugere que suas opiniões pessoais estão amparadas pela completa confiança e crédito de Deus (Como "seu
embaixador"). Empregue termos vagos, subjetivos, exoneratórios, tais como "ridículo" ou "trivial" de modo a sugerir que estes termos tenham a força completa da autoridade científica.
3- Retrate a ciência não como um processo aberto de descobertas, mas como uma "guerra santa" contra as hordas caóticas de infiéis adoradores de besteiras. Já que na guerra "os fins justificam os meios", você poderá açucarar, exagerar ou violar os métodos científicos, ou mesmo omiti-los completamente, em nome de "defender o método cientítico".
4- Mantenha seus argumentos tão abstratos e teóricos o quanto possível. Isto irá "mandar a mensagem" de que a teoria aceita sobrepuja qualquer evidência real que possa desafiá-la, e que assim nenhuma evidência nova vale o mérito de ser examinada.
5- Reforce o conceito popular errôneo de que certos assuntos são inerentemente não-científicos. Em outras palavras, deliberadamente confunda o processo da ciência com o conteúdo da ciência. Alguém poderá objetar, é claro, que desde que a ciência é uma abordagem universal para a busca da verdade, esta deve ser neutra com relação ao assunto a ser investigado; desta forma, apenas o processo investigativo pode ser cientificamente responsável ou irresponsável. Se esta objeção ocorrer, desconsidere esta objeção usando um método empregado com sucesso por gerações de políticos:simplesmente reafirme que "não há contradição aqui!".
6- Faça com que sua mensagem seja ecoada por "pessoas de autoridade". O nível em que você pode "forçar a verdade" é diretamente proporcional ao prestígio de seu interlocutor.
7- Sempre se refira a afirmações não ortodoxas como "alegações", que são "infundadas", e se refira às suas afirmações como "fatos" que são "estabelecidos".
8- Evite examinar a evidência real. Isto permite que você diga impune: "eu não vi
absolutamente nenhuma evidência para sustentar tais alegações ridículas!". Observe que esta técnica sustentou-se ao teste do tempo, e data desde no mínimo à época de Galileu.
Simplesmente recusando-se a olhar através de seu telescópio, as "autoridades eclesiásticas" conseguiram para a Igreja mais de três séculos de "negações gratuitas e impunes"!
9- Se examinar as evidências se tornar inevitável, argumente que "não há nada novo aqui"! Se confrontado por um conjunto rigoroso de evidências que foram substanciadas através dos testes mais acurados e precisos, simplesmente as desconsidere taxando-as de "muito convenientes"! (Implicando que foram "montadas para mostrar serviço").
10- Iguale o necessário componente cético da ciência com o todo da ciência. Enfatize os elementos restritivos, rígidos, rigorosos e críticos da ciência e ao mesmo tempo exclua a intuição, inspiração, exploração e integração que também fazem parte do processo científico. Se alguém objetar a esta unilateralidade, acuse-o de enxergar a ciência em termos
exclusivamente confusos, subjetivos ou metafísicos.
11- Insista que o progresso da ciência depende em explicar o desconhecido em termos do conhecido. Em outras palavras, a ciência é igual a reducionismo. Você pode aplicar a abordagem reducionista em todas as situações através do descarte cada vez mais amplo de
todas as evidências, até que pouco sobra para ser estudado, e assim pode ser explicado inteiramente em termos do "conhecimento estabelecido".
12- Faça "vista grossa" para o fato de que o livre questionamento e o desacordo legítimo são uma parte normal da ciência.
13- Torne-se disponível para os produtores da mídia que buscam "avaliações ponderadas" a respeito de abordagens não ortodoxas. Contudo, concorde em participar apenas daquelas apresentações cuja exiguidade de tempo e pre-conceitos pré-estabelecidos evitarem "tais luxos desnecessários" como discussão ampla, debates e exames meticulosos.
14- Em todas as oportunidades, reforçe a noção de que "o que é familiar é necessariamente racional". O não-familiar é portanto irracional, e consequentemente inadmissível como evidência.
15- Afirme categoricamente que o não-convencional pode ser descartado como, no melhor dos casos, uma honesta má-interpretação do convencional.
16- Caracterize seus oponentes como "crentes não-críticos". Sumariamente desconsidere a noção de que a "negação desmascaradora" em si denota uma "crença não-crítica", embora aqui no status quo.
17- Mantenha que nas investigações de fenômenos não-convencionais, uma simples falha invalida o todo do fenômeno. Em contextos convencionais, contudo, você pode sabiamente lembrar ao mundo que, "depois de tudo, as situações são complexas e os seres humanos são
imperfeitos".
18- "A Navalha de Occam", ou o "princípio da parcimônia", afirma que a explicação correta de um mistério irá geralmente envolver os mais simples princípios fundamentais. Assim, insista que a explicação convencional é a correta, já que não envolve considerações adicionais! Seja enfático e energético ao afirmar que a Navalha de Occam não é apenas uma aproximação filosófica, mas uma "lei imutável".
19- Desencoraje qualquer estudo de história que revele que o dogma atual foi a heresia de ontem. Da mesma forma, evite discutir que existem muitos paralelos históricos, filosóficos e espirituais entre a ciência e a democracia.
20- Já que o público tende a não enxergar claramente a distinção entre evidência e prova, faça o seu melhor para ajudar a manter este estado de confusão. Se "provas absolutas" não
estiverem disponíveis, afirme categoricamente que "não existem evidências"!
21- Se evidências suficientes foram apresentadas para garantir investigações posteriores de um fenômeno não-usual, argumente que "evidências em si não provam nada!". Ignore o fato de que evidências preliminares não tem a missão de provar qualquer coisa que seja.
22- Em qualquer situação, implique que a prova precede a evidência. Isto irá eliminar a possibilidade de iniciar qualquer processo significativo de investigação, particularmente se nenhum critério de prova ainda foi estabelecido para o fenômeno em questão.
23- Insista que "critérios de prova não podem ser estabelecidos para fenômenos que não existem!"
24- Embora da ciência não se espera que tolere critérios vagos ou duplos, sempre insista que fenômenos não-convencionais devem ser julgados por um conjunto de "regras científicas" separado, mesmo que mal definidas. Faça isto declarando que "afirmações extraordinárias exigem evidências extraordinárias", mas ao mesmo tempo nunca se preocupe em definir onde o "ordinário" termina e o "extraordinário" começa. Isto irá permitir que você crie um
horizonte de evidências que recue indefinidamente, isto é, defina"evidência extraordinária" como aquela que se encontra fora de alcance de qualquer ponto no tempo.
25- Da mesma forma, insista em classes de evidências que são impossíveis de serem obtidas. Por exemplo, declare que fenômenos aéreos não-identificados poderão ser considerados reais apenas se puderem ser trazidos para o laboratório para que possam ser golpeados com martelos e analisadas as suas propriedades físicas.
Desconsidere as realizações das ciências inferenciais, como as da astronomia, por exemplo, a qual "se dá muito bem" sem que seja necessário trazer os planetas, as estrelas e os buracos negros para dentro dos laboratórios para que nos mesmos "sejam golpeados com martelo".
26- Pratique "desmistificação por associação". Junte num saco só todos os fenômenos popularmente considerados paranormais e sugira que os seus proponentes e pesquisadores falam em uníssono. Desta forma, você pode indiscriminadamente trazer materiais
ultrapassando âmbitos disciplinares ou de um caso para outro para suportar sua visão conforme necessário. Por exemplo, se uma alegação tiver alguma similaridade superficial com o caso em questão ou já foi exposta (ou popularmente é vista deste modo) como fraudulenta, cite-a como se fosse um exemplo adequado. Então, assuma um sorriso satisfeito, incline-se para trás em sua cadeira de encosto e apenas diga: "Entrego meu caso".
27- Use a palavra "imaginação" como um epíteto que se aplica apenas a "ver o que não está lá", e não como "negando o que está aqui".
28- Se um número significativo de pessoas concorda que viu algo que viola a "realidade consensual", simplesmente se refira ao evento como "alucinação de massa". Evite se referir à
possibilidade de que a "realidade consensual" em si pode também constituir um caso de "alucinação de massa".
29- Ridicularize. Ridicularize. Ridicularize. É de longe a arma singular "arrepiadamente mais efetiva" na "guerra contra a descoberta e a inovação". A ridicularização tem o poder singular
de tornar as pessoas de qualquer denominação ou crença completamente inconscientes em um piscar de olhos. A ridicularização falha em arrastar apenas aquelas poucas pessoas
que possuem uma mente suficientemente independente para não "comprar o consenso emocional" que a ridicularização propicia.
30- Por apropriada insinuação e exemplo, implique que o ridículo constitui uma característica essencial do 'método científico" que pode elevar o nível de objetividade e não-engajamento-fervoroso com o qual qualquer investigação"deve" ser conduzida.
31- Se fôr pressionado a explicitar suas novas interpretações do método científico, declare que "a integridade intelectual é um assunto sutil".
32- Deixe implícito que os investigadores dos fenômenos não-ortodoxos são fanáticos. Sugira que de modo a investigar a existência de algo a pessoa deve crer neste algo de modo absoluto. Então exija que todos "tais crentes"devem conhecer todas as respostas para os seus mais desafiadores questionamentos, com todos os detalhes, de antemão. Convença as pessoas de
sua própria sinceridade reafirmando às pessoas que você mesmo "adoraria acreditar nestes fenômenos fantásticos". Cuidadosamente evite considerar o fato de que a ciência não tem nada a haver com crer ou não crer em algo, mas em fazer investigações.
33- Use os recursos de "cortina de fumaça" e "jogo de espelhos", isto é, obnubilamentos e ilusões. Nunca se esqueça de que uma mistura ardilosa de fatos, opiniões, insinuações, informações fora de contexto e mentiras descaradas irão enganar a maioria das pessoas a maior parte do tempo. Uma fração tão pequena como uma parte de fato e dez partes de "lixo"
irão "fazer o truque". Alguns "desmascaradores profissionais" usam "diluições homeopáticas" de fatos, com um sucesso notável! Cultive a arte de "deslizar para frente e para trás" entre fato e ficção, de modo tão sutil para que a mais insignificante "base de verdade" apareça sempre a suportar todo o seu"edifício de opiniões".
34- Empregue a "técnica P.R.T.C": Pseudo-refutação-tecnicamente-correta.Exemplo: Se alguém mencionar que todas as grandes verdades começaram como blasfêmias, responda imediatamente que nem todas as grandes blasfêmias se tornaram grandes verdades. Porque a sua resposta estava tecnicamente correta, ninguém irá notar que a sua resposta realmente não refutou o questionamento original.
35- Torne o caso trivial pela banalização de todo o campo em questão.Caracterize o estudo de fenômenos ortodoxos como profundo e consumidor de bastante tempo, enquanto julga que os fenômenos não-ortodoxos tão insubstanciais que não requerem nada mais do que uma rápida olhada nos tablóides. Se pressionado neste ponto, simplismente diga "mas não há nada aqui para se estudar!" Caracterize qualquer investigador sério do não-ortodoxo como "estusiasta iludido", ou "lunático" ou "buscando notoriedade": a palavra-código para "charlatão".
36- Lembre-se que a maioria das pessoas não dispõe de tempo suficiente ou de conhecimento especializado necessário para um cuidadoso discernimento, e assim tendem a aceitar o rejeitar o fenômeno todo em uma situação não familiar. Assim, desacredite a história toda pela tentativa de desacreditar uma parte da história. Assim proceda: a) Escolha um elemento de uma caso completamente fora de contexto; b) Encontre algo prosaico que possa ser
hipoteticamente explicado; c) Declare assim que aquele elemento foi explicado; d) Peça uma conferência de imprensa e anuncie ao mundo que o caso todo foi explicado!
37- Contrate os serviços de um prestidigitador de palco profissional , o qual possa imitar o fenômeno em questão; por exemplo: Percepção extra-Sensorial, psicocinese ou levitação. Isto irá convencer o público que aqueles que alegam tais fenômenos ou os testemunharam são(ou foram enganados por) também prestidigitadores talentosos que falsificaram o fenômeno alegado exatamente da mesma forma.
38- Encontre um fenômeno prosaico que, aos olhos do público leigo, se pareça com o fenômeno declarado. Então sugira que a existência do lugar-comum que se assemelha a ambos fenômenos proíbe a existência do fenômeno declarado.Por exemplo: insinue que já que as pessoas comumente enxergam "faces" em rochas e nuvens, a enigmática Face de Marte, em Cydônia, "deve" ser uma ilusão similar e assim não pode possivelmente ser artificial.
39- Quando um fenômeno não-explicado demonstra a evidência de inteligência (Como no caso dos misteriosos agriglifos), focalize exclusivamente no mecanismo que poderia ser utilizado pela inteligência, ao invés da inteligência que poderia ter utilizado o mecanismo. Quanto mais atenção você dedicar ao mecanismo, mais facilmente você irá distrair as pessoas
de considerarem a possibilidade de inteligências não-ordinárias responsáveis por este fenômeno.
40- Acuse os investigadores de fenômenos não comuns de "acreditarem em forças invisíveis e realidades extra-sensoriais". Se alguém indicar que as ciências físicas sempre lidaram com forças invisíveis e realidades extra-sensoriais (gravidade, eletromagnetismo) responda com um balançar de cabeça condescendente de que esta é uma "interpretação ingênua dos
fatos".
41- Insista que a ciência ocidental é completamente objetiva, e não está baseada em pressuposições intestáveis, crenças ocultas ou interesses ideológicos. Se um fenômeno não familiar ou inexplicável fôr considerado verdadeiro e/ou útil por um não-ocidental ou outra sociedade tradicional, você poderá desconsiderá-lo como indigno de estudo, como sendo "conceitos errôneos derivados da ignorância", "superstição medieval" ou "contos de fada".
42- Rotule qualquer fenômeno pouco compreendido como "oculto", "marginal","paranormal", "metafísico", "místico", "sobrenatural" ou "nova-era". Isto fará com que a maioria dos cientistas ortodoxos evitem estudá-lo imediatamente, com bases puramente emocionais. Se você tiver sorte, isto poderá resultar num atraso na investigação responsável de tal fenômeno por décadas ou mesmo séculos!
43- Faça perguntas que aparentem conter conhecimento geralmente assumido que dê suporte aos seus pontos de vista. Por exemplo: "Por que nenhum oficial de polícia , pilotos militares, controladores de tráfego aéreo ou psiquiatras reportam UFOS?" Se alguém mencionar que estes profissionais reportam UFOs, insista que aqueles que o fazem devem ser mentalmente instáveis.
44- Faça perguntas sem resposta baseadas em critérios arbitrários de prova. Por exemplo: "Se esta alegação fôr verdadeira, por que não temos visto isto na televisão?" ou "isto ou aquilo estão presentes em tal relatório ou jornal científico? ". Nunca se esqueça da mãe de todas questões similares: "Se osUFOs são extra-terrestres, por que estes não pousaram na frente da
Casa Branca? "
45- De modo similar, reforçe a ficção popular de que nosso conhecimento científico está completo e acabado. Faça isto afirmando que "se isto ou aquilo fosse verdade, já teríamos conhecimento a respeito".
46- Lembre-se que você pode facilmente parecer refutar qualquer alegação criando testas-de-ferro para demoli-las. Uma forma de fazer isto é citando-os fora de contexto enquanto preserva aquele "grão de verdade" convincente. Por exemplo: Agindo como se estas pessoas que fazem a alegação tivessem a intenção de se colocar numa forma extrema ou superlativa
com relaçào à alegaçào feita. Uma outra estratégia eficiente com uma longa história de sucesso é simplesmente refazer os experimentos de modo errôneo ou então evitar refazê-los a qualquer custo alegando que "assim procedendo seria ridículo ou infrutífero". Para tornar todo o processo mais fácil ainda, responda não às alegações feitas pela pessoa, mas às alegações de
acordo com a reportagem feita pela mídia, ou como propagadas pelos mitos populares.
47- Insista que esta ou aquela alegação não-ortodoxa não é cientificamente testável porque nenhuma organização "de respeito" e que dê retorno financeiro iria custear tais testes ridículos.
48- Seja seletivo. Por exemplo, se uma prática não-ortodoxa de cura não conseguiu reverter um caso de doença terminal, você poderá considerá-la inútil. Ao mesmo tempo, tome cuidado evitando mencionar todas as falhas da medicina convencional.
49- Mantenha sob seu controle todos os reinvindicadores ou
reclamantes
responsáveis pelos valores de produção, políticas editoriais de
qualquer
mídia ou imprensa que eventualmente reporte suas
reinvindicações/alegações/reclamações. Se um evento não usual ou
inexplicável fôr reportado de um modo sensacionalista, conserve
isto como
prova de que o evento em si não possui substância ou valor.
50- Quando uma testemunha ou alguém alegar algo de um modo que é
cientificamente imperfeito, trate a testemunha ou alegação como se
não
fossem científicos de modo absoluto. Se a pessoa que faz a alegação
não
fôr
um cientista credenciado, argumente que as suas percepções não podem
possivelmente ser objetivas.
51- se você fôr incapaz de atacar os fatos do caso em questão,
ataque os
participantes, ou os jornalistas que reportaram o caso. Os
argumentos ad
hominem , ou ataques pessoais, estão entre as formas mais poderosas
de
manipular o público e desviar a atenção para a questão em si. Por
exemplo,
se os investigadores de um fenômeno não-convencional lucraram
financeiramente com as atividades vinculadas ao seu ramo de
pesquisa, os
acuse de "lucrar financeiramente com as atividades conectadas à sua
pesquisa!". Se a sua pesquisa, publicação, viagens de palestras e
atividades
similares constituem a sua linha normal de trabalho, ou único meio
de
subsistência, mantenha tal fato como "prova conclusiva de que
lucros estão
sendo obtidos de tais atividades!". Se estas pessoas trabalharam e
obtiveram
reconhecimento público pelo seu trabalho, você pode seguramente
caracterizá-las como "buscadores de publicidade".
52- Crie "especialistas de suporte" conforme necessário, citando as opiniões daqueles nos campos popularmente assumidos como incluindo o "conhecimento necessário". Astrônomos, por exemplo, podem ser exibidos como "especialistas nas questões dos UFOs", embora "aulas de Ufologia" não estão incluidas no currículo como pré-requisitos para se diplomar em astronomia.
53- Fabrique confissões. Se um fenômeno "obstinadamente se recusa a desaparecer" , crie um grupo de velhos brincalhões para afirmar que eles falsificaram o fenômeno. A imprensa e o público sempre irão tender a ver as confissões como sinceramente motivadas, e irão prontamente abandonar suas faculdades críticas. Afinal de contas, ninguém quer ser visto como sem compaixão para "pecadores que estão humildemente confessando seus pecados".
54- Crie fontes de desinformação. Afirme que você "achou a pessoa que começou o rumor de que tal fenômeno existe!"
55- Crie projetos inteiros de pesquisa. Declare que "estas alegações foram totalmente desacreditadas pelos maiores especialistas no setor!" Faça isto sem se importar se de fato estes "especialistas" em algum momento de fato estudaram estas alegações, ou mais ainda, se estes especialistas "já existiram" em primeiro lugar!
PARTE 2: DESMISTIFICANDO INTELIGÊNCIA EXTRA-TERRESTRE
56- Indique que os objetos voadores "não-identificados" são exatamente isto,e não se pode automaticamente assumir que sejam extra-terrestres. Faça isto independente de alguém envolvido ter "assumido" que seja extra-terrestre.
57- Iguale as "leis da natureza" com nosso entendimento presente das "leis da natureza". Então rotule todos os conceitos tais como anti-gravidade ou movimento inter-dimensional como meros devaneios ou caprichos, "porque o que a ciência atual não pode explicar não pode possivelmente existir".Então, se uma aeronave anômala for reportada como tendo planado de modo silencioso, feito mudanças de rumo em ângulos retos em velocidades
supersônicas ou aparecido ou desaparecido de modo instantâneo, você pode simplesmente desconsiderar o relato.
58- Declare que não existe prova de que a vida possa existir no espaço sideral. Já que a maioria das pessoas ainda se comportam como se a Terra fosse o centro do Universo, você pode com segurança ignorar o fato de que a Terra, a qual já está no espaço sideral, tem vida abundante.
59- Aponte que o programa oficial do SETI (Search for Extra-Terrestrial Intelligence) já assume antecipadamente que a inteligência extra-terrestre pode apenas existir a anos-luz da Terra. Iguale esta afirmação apriorística como se fosse prova conclusiva; então insista que isto invalida todos os relatos terrestres de contato com Extra-Terrestres.
60- Se evidências contundentes forem apresentadas para quedas de UFOs ou eventos similares, forneça milhares de páginas de informação detalhada a respeito de algum projeto secreto militar anterior que pode de modo concebível ser assumido como responsável pelas evidências apontadas. Quanto mais volumosa fôr a informação, menor a necessidade de demonstrar qualquer conexão real entre as evidências relatadas e o projeto militar.
61- Quando alguém produz evidências físicas significativas de tecnologia alienígena, indique que nenhuma análise pode provar que sua origem seja extra-terrestre; afinal de contas, estas podem ser o produto de algum laboratório subterrâneo ultra-secreto do governo, ou seja,
perfeitamente ordinárias. A única excessão seria evidência obtida a partir de uma aterrissagem na frente da Casa Branca: a única circunstância universalmente aceita por gerações de céticos como provando de modo conclusivo a origem extra-terrestre!
62- Se fotografias ou outros meios/mídia visuais descrevendo fenômenos aéreos forem apresentados, argumente que já que estas imagens podem agora ser digitalmente manipuladas, não provam nada. Assegure isto independente da qualidade do material fotográfico e do ano em que foi obtido, ou das circunstâncias de sua obtenção. Insista que quanto maior a qualidade da foto do UFO, maior a probabilidade de fraude. Fotos que passaram por todos os
testes conhecidos devem assim ser consideradas como as mais fraudulentas de todas!
63- Argumente que todos os relatos de extra-terrestres humanóides devem ser falsos, já que a evolução da forma humanóide na Terra foi o resultado de um infinito número de acidentes em um ambiente geneticamente isolado. Evite se endereçar à proposição lógica de que se as visitas inter-estelares ocorreram, a Terra não pode ser considerada geneticamente isolada em
primeiro lugar.
64- Argumente que os extra-terrestres poderiam ou não poderiam, deveriam ou não deveriam se comportar de determinadas maneiras porque tais comportamentos seriam ou não seriam lógicos. Baseie suas noções de lógica de como os extre-terrestres deveriam ou não deveriam se comportar. Já que os extra-terrestres se comportam de todas as maneiras, você pode teorizar qualquer comportamento que seja mais favorável à sua argumentação.
65- Esteriotipo alegações de contato de acordo com cenários simplistas já bem estabelecidos no imaginário coletivo. Se um relato de contato extra-terrestre parece não ter resultado em consequências negativas, acuse sarcasticamente aquele que faz o relato como se acreditasse
devotamente que "extra-terrestres benevolentes vieram para magicamente nos salvar a nós
mesmos da auto-destruição!" Se alguém relatar ter sido traumatizado por um contato alienígena, deixe este relato de lado como mais "um caso clássico de histeria". Se os contactados enfatizarem a humanidade essencial e as limitações de certos extra-terrestres que relatam ter encontrado, pergunte "Por que estes seres onipotentes não se ofereceram para resolver todos nossos problemas para nós?"
66- Quando uma relutante testemunha de um encontro der um passo à frente, a acuse de indiscriminadamente "buscar os holofotes da fama" com suas estórias "de outro mundo".
67- Pergunte por que os contatados e os abduzidos que fazem os relatos não foram infectados com vírus alienígenas. Rejeite como "absurdas" todas as evidências médicas sugerindo que de fato isto ocorreu. Categorize como "pura ficção científica" a noção de que uma compreensão sobre a imunologia alienígena pode estar mais avançada do que a nossa, ou que microorganismos alienígenas em quantidade suficiente podem estar limitados em sua
capacidade de interagir com nossos sistemas biológicos. Acima de tudo, rejeite
qualquer coisa que possa resultar numa efetiva investigação sobre o assunto.
68- Viaje para a China. Na sua volta, relate que "ninguém lá me contou ter visto UFOs". Insista que isto prova que nenhum UFO é relatado fora dos países cujas populações foram expostas excessivamente à ficção científica.
69- Aonde a regressão hipnótica tem obtido testemunhos consistentes de contactados em casos ao redor de todo o mundo e completamente independentes, argumente que a hipnose é provavelmente não-confiável, e é sempre inútil nas mãos de praticantes não-credenciados. Não se esqueça de acrescentar que os sujeitos devem ter entrado em contato com a literatura dos contactos com extra-terrestres, e que, não obstante suas credenciais, os hipnotizadores
envolvidos devem ter feito perguntas de modo a induzir as respostas que queriam ouvir.
70- Se alguém alegar que foi emocionalmente impactado por uma experiência de contato, aponte que emoções fortes podem alterar as percepções. Assim sendo, as lembranças daqueles que faz os relatos devem ser completamente não-confiáveis.
71- Mantenha que possivelmente não pode haver um ocultamento a cargo do governo para a questão dos extra-terrestres...mas apenas nos casos legitimados pelos motivos de segurança nacional!
72- Acuse os teóricos da conspiração de serem "teóricos de conspirações", e de acreditarem em conspirações! Insista que apenas teorias de "puro acidente" podem possivelmente dar conta dos padrões repetidos, organizados de supressão, negação e atividade de desinformação.
73- Na eventualidade da materialização do "cenário mais crítico", no qual um fenômeno anteriormente visto como anômalo é subitamente aceito pela comunidade cientítica ortodoxa, apenas se lembre que o público tem uma memória curta. Ou então simplesmente aplauda este
evento como "mais uma vitória do método científico" e não fale mais nisso. Ou ainda tire créditos, dizendo: "Bem, todo mundo sabe que este é um assunto monumentalmente significativo. De fato, meus colegas e eu estivemos debruçados estudando este assunto por
anos!"
COMO NEGAR PRATICAMENTE TODAS AS COISAS
(Ou o "curso cínico para desmistificar a ufologia, projeção astral, realidade transcendente e demais assuntos proibidos pela ortodoxia")
Fonte: "Zen...And The Art of Debunkery" Daniel drasin (c)1997
http://www.survivalscience.org/debunk/zenartofdebunkery.shtml
INTRODUÇÃO
Então, você teve um contato imediato com um UFO. Ou um sério interesse no assunto da vida extra-mundana. Ou uma paixão para seguir pistas que parecem apontar em direção à existência de uma realidade maior. Mencione qualquer destas coisas para qualquer cientista em atividade e esteja preparado para qualquer coisa desde um ceticismo condescendente até uma ridicularização impiedosa. Afinal de contas, supõem-se que a ciência seja um empreendimento puramente rígido com pouca paciência para noções "expandidas" de realidade.
Certo?
Errado.
Como todos os sistemas de busca da verdade, a ciência, apropriadamente conduzida, tem um impulso profundamente expansivo e liberador em seu cerne.
Este "Zen" no coração da ciência é revelado quando o praticante deixa de lado crenças arbitrárias e preconceitos culturais, e se aproxima da natureza das coisas com uma "mente de principiante". Quando isto é feito, a realidade pode falar de modo espontâneo e livre, e pode ser ouvida com maior claridade. Os testes apropriados e a validação objetiva pode de fato "deve" vir posteriormente.
Ver com humildade, curiosidade e com olhos de iniciante já foi certa vez o principal aspecto da ciência. Mas hoje é geralmente uma história diferente. Conforme o empreendimento científico se orientou em direção à exploração, institucionalização, hiper-especialização e à "nova ortodoxia", este empreendimento cada vez mais se preocupou com fatos desconexos em um vácuo psicológico, social e ecológico. Tão desconectada se tornou a ciência oficial do "maior esquema das coisas" que esta tende a negar ou desconsiderar domínios inteiros de realidade , e a se satisfazer em reduzir toda a vida e consciência à fisica sem-vida.
Conforme o milênio mudou, a ciência parece de muitos modos a trilhar o caminho cansativo das religiões as quais presumidamente veio para substituir. Onde um questionamento livre e desapaixonado certa vez reinou, as emoções agora estão em altana defesa de uma "verdade científica" fundamentalizada. Conforme as anomalias vão se acumulando debaixo de um mar de negações, os "defensores da Fé" e "do Reino" se apegam com crescente "auto-certitude" à carcaça de um paradigma em processo de naufrágio.
Confrontados com evidências provocativas de coisas jamais sonhadas em sua filosofia, muitos cientistas outrora maduros se convertem em um tipo de infantilismo cético caracterizado por uma fé cega no status absoluto do familiar. Então, não devemos ficar admirados ao constatar que tantos âmbitos promissores de pesquisa permaneçam encobertos pela superstição, ignorância, negação, desinformação, tabu...e desmistificação.
O que é a desmistificação? Essencialmente é uma tentativa de "desmistificar" (Invalidar) novas informações e novas visões pela substituição da "propaganda cientista" em lugar do Método Científico.
Para escancarar este comportamento pseudo-científico em sua de modo evidente e com certo alívio embora com certa comicidade eu compuz um útil guia "como-se-faz" para os aspirantes à desmistificação, com uma seção especial devotada à desmistificação da inteligência extra-terrestre . Talvez o assunto mais agressivamente desmistificado em toda a história moderna.
Conforme se fará óbvio para o leitor, eu levei algumas destas estratégias de desmistificação até as raias do absurdo visando "esclarecer o argumento".
Pelo resto, a sua forma inerentemente falaciosa de raciocínio, lógica distorcida e pura estupidez irão soar frustrantemente familiares a aqueles que ousaram explorar por debaixo do oceano de negações e tentaram com boa vontade registrar e reportar a respeito do que acharam.
Portanto, sem mais delongas....
COMO DESMISTIFICAR PRATICAMENTE TODAS AS COISAS:
1- Antes de começar a negar, prepare seu equipamento. Equipamento necessário: uma cadeira de encosto.
2- Faça uma expressão facial adequada. Cultive um ar condescendente, que sugere que suas opiniões pessoais estão amparadas pela completa confiança e crédito de Deus (Como "seu
embaixador"). Empregue termos vagos, subjetivos, exoneratórios, tais como "ridículo" ou "trivial" de modo a sugerir que estes termos tenham a força completa da autoridade científica.
3- Retrate a ciência não como um processo aberto de descobertas, mas como uma "guerra santa" contra as hordas caóticas de infiéis adoradores de besteiras. Já que na guerra "os fins justificam os meios", você poderá açucarar, exagerar ou violar os métodos científicos, ou mesmo omiti-los completamente, em nome de "defender o método cientítico".
4- Mantenha seus argumentos tão abstratos e teóricos o quanto possível. Isto irá "mandar a mensagem" de que a teoria aceita sobrepuja qualquer evidência real que possa desafiá-la, e que assim nenhuma evidência nova vale o mérito de ser examinada.
5- Reforce o conceito popular errôneo de que certos assuntos são inerentemente não-científicos. Em outras palavras, deliberadamente confunda o processo da ciência com o conteúdo da ciência. Alguém poderá objetar, é claro, que desde que a ciência é uma abordagem universal para a busca da verdade, esta deve ser neutra com relação ao assunto a ser investigado; desta forma, apenas o processo investigativo pode ser cientificamente responsável ou irresponsável. Se esta objeção ocorrer, desconsidere esta objeção usando um método empregado com sucesso por gerações de políticos:simplesmente reafirme que "não há contradição aqui!".
6- Faça com que sua mensagem seja ecoada por "pessoas de autoridade". O nível em que você pode "forçar a verdade" é diretamente proporcional ao prestígio de seu interlocutor.
7- Sempre se refira a afirmações não ortodoxas como "alegações", que são "infundadas", e se refira às suas afirmações como "fatos" que são "estabelecidos".
8- Evite examinar a evidência real. Isto permite que você diga impune: "eu não vi
absolutamente nenhuma evidência para sustentar tais alegações ridículas!". Observe que esta técnica sustentou-se ao teste do tempo, e data desde no mínimo à época de Galileu.
Simplesmente recusando-se a olhar através de seu telescópio, as "autoridades eclesiásticas" conseguiram para a Igreja mais de três séculos de "negações gratuitas e impunes"!
9- Se examinar as evidências se tornar inevitável, argumente que "não há nada novo aqui"! Se confrontado por um conjunto rigoroso de evidências que foram substanciadas através dos testes mais acurados e precisos, simplesmente as desconsidere taxando-as de "muito convenientes"! (Implicando que foram "montadas para mostrar serviço").
10- Iguale o necessário componente cético da ciência com o todo da ciência. Enfatize os elementos restritivos, rígidos, rigorosos e críticos da ciência e ao mesmo tempo exclua a intuição, inspiração, exploração e integração que também fazem parte do processo científico. Se alguém objetar a esta unilateralidade, acuse-o de enxergar a ciência em termos
exclusivamente confusos, subjetivos ou metafísicos.
11- Insista que o progresso da ciência depende em explicar o desconhecido em termos do conhecido. Em outras palavras, a ciência é igual a reducionismo. Você pode aplicar a abordagem reducionista em todas as situações através do descarte cada vez mais amplo de
todas as evidências, até que pouco sobra para ser estudado, e assim pode ser explicado inteiramente em termos do "conhecimento estabelecido".
12- Faça "vista grossa" para o fato de que o livre questionamento e o desacordo legítimo são uma parte normal da ciência.
13- Torne-se disponível para os produtores da mídia que buscam "avaliações ponderadas" a respeito de abordagens não ortodoxas. Contudo, concorde em participar apenas daquelas apresentações cuja exiguidade de tempo e pre-conceitos pré-estabelecidos evitarem "tais luxos desnecessários" como discussão ampla, debates e exames meticulosos.
14- Em todas as oportunidades, reforçe a noção de que "o que é familiar é necessariamente racional". O não-familiar é portanto irracional, e consequentemente inadmissível como evidência.
15- Afirme categoricamente que o não-convencional pode ser descartado como, no melhor dos casos, uma honesta má-interpretação do convencional.
16- Caracterize seus oponentes como "crentes não-críticos". Sumariamente desconsidere a noção de que a "negação desmascaradora" em si denota uma "crença não-crítica", embora aqui no status quo.
17- Mantenha que nas investigações de fenômenos não-convencionais, uma simples falha invalida o todo do fenômeno. Em contextos convencionais, contudo, você pode sabiamente lembrar ao mundo que, "depois de tudo, as situações são complexas e os seres humanos são
imperfeitos".
18- "A Navalha de Occam", ou o "princípio da parcimônia", afirma que a explicação correta de um mistério irá geralmente envolver os mais simples princípios fundamentais. Assim, insista que a explicação convencional é a correta, já que não envolve considerações adicionais! Seja enfático e energético ao afirmar que a Navalha de Occam não é apenas uma aproximação filosófica, mas uma "lei imutável".
19- Desencoraje qualquer estudo de história que revele que o dogma atual foi a heresia de ontem. Da mesma forma, evite discutir que existem muitos paralelos históricos, filosóficos e espirituais entre a ciência e a democracia.
20- Já que o público tende a não enxergar claramente a distinção entre evidência e prova, faça o seu melhor para ajudar a manter este estado de confusão. Se "provas absolutas" não
estiverem disponíveis, afirme categoricamente que "não existem evidências"!
21- Se evidências suficientes foram apresentadas para garantir investigações posteriores de um fenômeno não-usual, argumente que "evidências em si não provam nada!". Ignore o fato de que evidências preliminares não tem a missão de provar qualquer coisa que seja.
22- Em qualquer situação, implique que a prova precede a evidência. Isto irá eliminar a possibilidade de iniciar qualquer processo significativo de investigação, particularmente se nenhum critério de prova ainda foi estabelecido para o fenômeno em questão.
23- Insista que "critérios de prova não podem ser estabelecidos para fenômenos que não existem!"
24- Embora da ciência não se espera que tolere critérios vagos ou duplos, sempre insista que fenômenos não-convencionais devem ser julgados por um conjunto de "regras científicas" separado, mesmo que mal definidas. Faça isto declarando que "afirmações extraordinárias exigem evidências extraordinárias", mas ao mesmo tempo nunca se preocupe em definir onde o "ordinário" termina e o "extraordinário" começa. Isto irá permitir que você crie um
horizonte de evidências que recue indefinidamente, isto é, defina"evidência extraordinária" como aquela que se encontra fora de alcance de qualquer ponto no tempo.
25- Da mesma forma, insista em classes de evidências que são impossíveis de serem obtidas. Por exemplo, declare que fenômenos aéreos não-identificados poderão ser considerados reais apenas se puderem ser trazidos para o laboratório para que possam ser golpeados com martelos e analisadas as suas propriedades físicas.
Desconsidere as realizações das ciências inferenciais, como as da astronomia, por exemplo, a qual "se dá muito bem" sem que seja necessário trazer os planetas, as estrelas e os buracos negros para dentro dos laboratórios para que nos mesmos "sejam golpeados com martelo".
26- Pratique "desmistificação por associação". Junte num saco só todos os fenômenos popularmente considerados paranormais e sugira que os seus proponentes e pesquisadores falam em uníssono. Desta forma, você pode indiscriminadamente trazer materiais
ultrapassando âmbitos disciplinares ou de um caso para outro para suportar sua visão conforme necessário. Por exemplo, se uma alegação tiver alguma similaridade superficial com o caso em questão ou já foi exposta (ou popularmente é vista deste modo) como fraudulenta, cite-a como se fosse um exemplo adequado. Então, assuma um sorriso satisfeito, incline-se para trás em sua cadeira de encosto e apenas diga: "Entrego meu caso".
27- Use a palavra "imaginação" como um epíteto que se aplica apenas a "ver o que não está lá", e não como "negando o que está aqui".
28- Se um número significativo de pessoas concorda que viu algo que viola a "realidade consensual", simplesmente se refira ao evento como "alucinação de massa". Evite se referir à
possibilidade de que a "realidade consensual" em si pode também constituir um caso de "alucinação de massa".
29- Ridicularize. Ridicularize. Ridicularize. É de longe a arma singular "arrepiadamente mais efetiva" na "guerra contra a descoberta e a inovação". A ridicularização tem o poder singular
de tornar as pessoas de qualquer denominação ou crença completamente inconscientes em um piscar de olhos. A ridicularização falha em arrastar apenas aquelas poucas pessoas
que possuem uma mente suficientemente independente para não "comprar o consenso emocional" que a ridicularização propicia.
30- Por apropriada insinuação e exemplo, implique que o ridículo constitui uma característica essencial do 'método científico" que pode elevar o nível de objetividade e não-engajamento-fervoroso com o qual qualquer investigação"deve" ser conduzida.
31- Se fôr pressionado a explicitar suas novas interpretações do método científico, declare que "a integridade intelectual é um assunto sutil".
32- Deixe implícito que os investigadores dos fenômenos não-ortodoxos são fanáticos. Sugira que de modo a investigar a existência de algo a pessoa deve crer neste algo de modo absoluto. Então exija que todos "tais crentes"devem conhecer todas as respostas para os seus mais desafiadores questionamentos, com todos os detalhes, de antemão. Convença as pessoas de
sua própria sinceridade reafirmando às pessoas que você mesmo "adoraria acreditar nestes fenômenos fantásticos". Cuidadosamente evite considerar o fato de que a ciência não tem nada a haver com crer ou não crer em algo, mas em fazer investigações.
33- Use os recursos de "cortina de fumaça" e "jogo de espelhos", isto é, obnubilamentos e ilusões. Nunca se esqueça de que uma mistura ardilosa de fatos, opiniões, insinuações, informações fora de contexto e mentiras descaradas irão enganar a maioria das pessoas a maior parte do tempo. Uma fração tão pequena como uma parte de fato e dez partes de "lixo"
irão "fazer o truque". Alguns "desmascaradores profissionais" usam "diluições homeopáticas" de fatos, com um sucesso notável! Cultive a arte de "deslizar para frente e para trás" entre fato e ficção, de modo tão sutil para que a mais insignificante "base de verdade" apareça sempre a suportar todo o seu"edifício de opiniões".
34- Empregue a "técnica P.R.T.C": Pseudo-refutação-tecnicamente-correta.Exemplo: Se alguém mencionar que todas as grandes verdades começaram como blasfêmias, responda imediatamente que nem todas as grandes blasfêmias se tornaram grandes verdades. Porque a sua resposta estava tecnicamente correta, ninguém irá notar que a sua resposta realmente não refutou o questionamento original.
35- Torne o caso trivial pela banalização de todo o campo em questão.Caracterize o estudo de fenômenos ortodoxos como profundo e consumidor de bastante tempo, enquanto julga que os fenômenos não-ortodoxos tão insubstanciais que não requerem nada mais do que uma rápida olhada nos tablóides. Se pressionado neste ponto, simplismente diga "mas não há nada aqui para se estudar!" Caracterize qualquer investigador sério do não-ortodoxo como "estusiasta iludido", ou "lunático" ou "buscando notoriedade": a palavra-código para "charlatão".
36- Lembre-se que a maioria das pessoas não dispõe de tempo suficiente ou de conhecimento especializado necessário para um cuidadoso discernimento, e assim tendem a aceitar o rejeitar o fenômeno todo em uma situação não familiar. Assim, desacredite a história toda pela tentativa de desacreditar uma parte da história. Assim proceda: a) Escolha um elemento de uma caso completamente fora de contexto; b) Encontre algo prosaico que possa ser
hipoteticamente explicado; c) Declare assim que aquele elemento foi explicado; d) Peça uma conferência de imprensa e anuncie ao mundo que o caso todo foi explicado!
37- Contrate os serviços de um prestidigitador de palco profissional , o qual possa imitar o fenômeno em questão; por exemplo: Percepção extra-Sensorial, psicocinese ou levitação. Isto irá convencer o público que aqueles que alegam tais fenômenos ou os testemunharam são(ou foram enganados por) também prestidigitadores talentosos que falsificaram o fenômeno alegado exatamente da mesma forma.
38- Encontre um fenômeno prosaico que, aos olhos do público leigo, se pareça com o fenômeno declarado. Então sugira que a existência do lugar-comum que se assemelha a ambos fenômenos proíbe a existência do fenômeno declarado.Por exemplo: insinue que já que as pessoas comumente enxergam "faces" em rochas e nuvens, a enigmática Face de Marte, em Cydônia, "deve" ser uma ilusão similar e assim não pode possivelmente ser artificial.
39- Quando um fenômeno não-explicado demonstra a evidência de inteligência (Como no caso dos misteriosos agriglifos), focalize exclusivamente no mecanismo que poderia ser utilizado pela inteligência, ao invés da inteligência que poderia ter utilizado o mecanismo. Quanto mais atenção você dedicar ao mecanismo, mais facilmente você irá distrair as pessoas
de considerarem a possibilidade de inteligências não-ordinárias responsáveis por este fenômeno.
40- Acuse os investigadores de fenômenos não comuns de "acreditarem em forças invisíveis e realidades extra-sensoriais". Se alguém indicar que as ciências físicas sempre lidaram com forças invisíveis e realidades extra-sensoriais (gravidade, eletromagnetismo) responda com um balançar de cabeça condescendente de que esta é uma "interpretação ingênua dos
fatos".
41- Insista que a ciência ocidental é completamente objetiva, e não está baseada em pressuposições intestáveis, crenças ocultas ou interesses ideológicos. Se um fenômeno não familiar ou inexplicável fôr considerado verdadeiro e/ou útil por um não-ocidental ou outra sociedade tradicional, você poderá desconsiderá-lo como indigno de estudo, como sendo "conceitos errôneos derivados da ignorância", "superstição medieval" ou "contos de fada".
42- Rotule qualquer fenômeno pouco compreendido como "oculto", "marginal","paranormal", "metafísico", "místico", "sobrenatural" ou "nova-era". Isto fará com que a maioria dos cientistas ortodoxos evitem estudá-lo imediatamente, com bases puramente emocionais. Se você tiver sorte, isto poderá resultar num atraso na investigação responsável de tal fenômeno por décadas ou mesmo séculos!
43- Faça perguntas que aparentem conter conhecimento geralmente assumido que dê suporte aos seus pontos de vista. Por exemplo: "Por que nenhum oficial de polícia , pilotos militares, controladores de tráfego aéreo ou psiquiatras reportam UFOS?" Se alguém mencionar que estes profissionais reportam UFOs, insista que aqueles que o fazem devem ser mentalmente instáveis.
44- Faça perguntas sem resposta baseadas em critérios arbitrários de prova. Por exemplo: "Se esta alegação fôr verdadeira, por que não temos visto isto na televisão?" ou "isto ou aquilo estão presentes em tal relatório ou jornal científico? ". Nunca se esqueça da mãe de todas questões similares: "Se osUFOs são extra-terrestres, por que estes não pousaram na frente da
Casa Branca? "
45- De modo similar, reforçe a ficção popular de que nosso conhecimento científico está completo e acabado. Faça isto afirmando que "se isto ou aquilo fosse verdade, já teríamos conhecimento a respeito".
46- Lembre-se que você pode facilmente parecer refutar qualquer alegação criando testas-de-ferro para demoli-las. Uma forma de fazer isto é citando-os fora de contexto enquanto preserva aquele "grão de verdade" convincente. Por exemplo: Agindo como se estas pessoas que fazem a alegação tivessem a intenção de se colocar numa forma extrema ou superlativa
com relaçào à alegaçào feita. Uma outra estratégia eficiente com uma longa história de sucesso é simplesmente refazer os experimentos de modo errôneo ou então evitar refazê-los a qualquer custo alegando que "assim procedendo seria ridículo ou infrutífero". Para tornar todo o processo mais fácil ainda, responda não às alegações feitas pela pessoa, mas às alegações de
acordo com a reportagem feita pela mídia, ou como propagadas pelos mitos populares.
47- Insista que esta ou aquela alegação não-ortodoxa não é cientificamente testável porque nenhuma organização "de respeito" e que dê retorno financeiro iria custear tais testes ridículos.
48- Seja seletivo. Por exemplo, se uma prática não-ortodoxa de cura não conseguiu reverter um caso de doença terminal, você poderá considerá-la inútil. Ao mesmo tempo, tome cuidado evitando mencionar todas as falhas da medicina convencional.
49- Mantenha sob seu controle todos os reinvindicadores ou
reclamantes
responsáveis pelos valores de produção, políticas editoriais de
qualquer
mídia ou imprensa que eventualmente reporte suas
reinvindicações/alegações/reclamações. Se um evento não usual ou
inexplicável fôr reportado de um modo sensacionalista, conserve
isto como
prova de que o evento em si não possui substância ou valor.
50- Quando uma testemunha ou alguém alegar algo de um modo que é
cientificamente imperfeito, trate a testemunha ou alegação como se
não
fossem científicos de modo absoluto. Se a pessoa que faz a alegação
não
fôr
um cientista credenciado, argumente que as suas percepções não podem
possivelmente ser objetivas.
51- se você fôr incapaz de atacar os fatos do caso em questão,
ataque os
participantes, ou os jornalistas que reportaram o caso. Os
argumentos ad
hominem , ou ataques pessoais, estão entre as formas mais poderosas
de
manipular o público e desviar a atenção para a questão em si. Por
exemplo,
se os investigadores de um fenômeno não-convencional lucraram
financeiramente com as atividades vinculadas ao seu ramo de
pesquisa, os
acuse de "lucrar financeiramente com as atividades conectadas à sua
pesquisa!". Se a sua pesquisa, publicação, viagens de palestras e
atividades
similares constituem a sua linha normal de trabalho, ou único meio
de
subsistência, mantenha tal fato como "prova conclusiva de que
lucros estão
sendo obtidos de tais atividades!". Se estas pessoas trabalharam e
obtiveram
reconhecimento público pelo seu trabalho, você pode seguramente
caracterizá-las como "buscadores de publicidade".
52- Crie "especialistas de suporte" conforme necessário, citando as opiniões daqueles nos campos popularmente assumidos como incluindo o "conhecimento necessário". Astrônomos, por exemplo, podem ser exibidos como "especialistas nas questões dos UFOs", embora "aulas de Ufologia" não estão incluidas no currículo como pré-requisitos para se diplomar em astronomia.
53- Fabrique confissões. Se um fenômeno "obstinadamente se recusa a desaparecer" , crie um grupo de velhos brincalhões para afirmar que eles falsificaram o fenômeno. A imprensa e o público sempre irão tender a ver as confissões como sinceramente motivadas, e irão prontamente abandonar suas faculdades críticas. Afinal de contas, ninguém quer ser visto como sem compaixão para "pecadores que estão humildemente confessando seus pecados".
54- Crie fontes de desinformação. Afirme que você "achou a pessoa que começou o rumor de que tal fenômeno existe!"
55- Crie projetos inteiros de pesquisa. Declare que "estas alegações foram totalmente desacreditadas pelos maiores especialistas no setor!" Faça isto sem se importar se de fato estes "especialistas" em algum momento de fato estudaram estas alegações, ou mais ainda, se estes especialistas "já existiram" em primeiro lugar!
PARTE 2: DESMISTIFICANDO INTELIGÊNCIA EXTRA-TERRESTRE
56- Indique que os objetos voadores "não-identificados" são exatamente isto,e não se pode automaticamente assumir que sejam extra-terrestres. Faça isto independente de alguém envolvido ter "assumido" que seja extra-terrestre.
57- Iguale as "leis da natureza" com nosso entendimento presente das "leis da natureza". Então rotule todos os conceitos tais como anti-gravidade ou movimento inter-dimensional como meros devaneios ou caprichos, "porque o que a ciência atual não pode explicar não pode possivelmente existir".Então, se uma aeronave anômala for reportada como tendo planado de modo silencioso, feito mudanças de rumo em ângulos retos em velocidades
supersônicas ou aparecido ou desaparecido de modo instantâneo, você pode simplesmente desconsiderar o relato.
58- Declare que não existe prova de que a vida possa existir no espaço sideral. Já que a maioria das pessoas ainda se comportam como se a Terra fosse o centro do Universo, você pode com segurança ignorar o fato de que a Terra, a qual já está no espaço sideral, tem vida abundante.
59- Aponte que o programa oficial do SETI (Search for Extra-Terrestrial Intelligence) já assume antecipadamente que a inteligência extra-terrestre pode apenas existir a anos-luz da Terra. Iguale esta afirmação apriorística como se fosse prova conclusiva; então insista que isto invalida todos os relatos terrestres de contato com Extra-Terrestres.
60- Se evidências contundentes forem apresentadas para quedas de UFOs ou eventos similares, forneça milhares de páginas de informação detalhada a respeito de algum projeto secreto militar anterior que pode de modo concebível ser assumido como responsável pelas evidências apontadas. Quanto mais volumosa fôr a informação, menor a necessidade de demonstrar qualquer conexão real entre as evidências relatadas e o projeto militar.
61- Quando alguém produz evidências físicas significativas de tecnologia alienígena, indique que nenhuma análise pode provar que sua origem seja extra-terrestre; afinal de contas, estas podem ser o produto de algum laboratório subterrâneo ultra-secreto do governo, ou seja,
perfeitamente ordinárias. A única excessão seria evidência obtida a partir de uma aterrissagem na frente da Casa Branca: a única circunstância universalmente aceita por gerações de céticos como provando de modo conclusivo a origem extra-terrestre!
62- Se fotografias ou outros meios/mídia visuais descrevendo fenômenos aéreos forem apresentados, argumente que já que estas imagens podem agora ser digitalmente manipuladas, não provam nada. Assegure isto independente da qualidade do material fotográfico e do ano em que foi obtido, ou das circunstâncias de sua obtenção. Insista que quanto maior a qualidade da foto do UFO, maior a probabilidade de fraude. Fotos que passaram por todos os
testes conhecidos devem assim ser consideradas como as mais fraudulentas de todas!
63- Argumente que todos os relatos de extra-terrestres humanóides devem ser falsos, já que a evolução da forma humanóide na Terra foi o resultado de um infinito número de acidentes em um ambiente geneticamente isolado. Evite se endereçar à proposição lógica de que se as visitas inter-estelares ocorreram, a Terra não pode ser considerada geneticamente isolada em
primeiro lugar.
64- Argumente que os extra-terrestres poderiam ou não poderiam, deveriam ou não deveriam se comportar de determinadas maneiras porque tais comportamentos seriam ou não seriam lógicos. Baseie suas noções de lógica de como os extre-terrestres deveriam ou não deveriam se comportar. Já que os extra-terrestres se comportam de todas as maneiras, você pode teorizar qualquer comportamento que seja mais favorável à sua argumentação.
65- Esteriotipo alegações de contato de acordo com cenários simplistas já bem estabelecidos no imaginário coletivo. Se um relato de contato extra-terrestre parece não ter resultado em consequências negativas, acuse sarcasticamente aquele que faz o relato como se acreditasse
devotamente que "extra-terrestres benevolentes vieram para magicamente nos salvar a nós
mesmos da auto-destruição!" Se alguém relatar ter sido traumatizado por um contato alienígena, deixe este relato de lado como mais "um caso clássico de histeria". Se os contactados enfatizarem a humanidade essencial e as limitações de certos extra-terrestres que relatam ter encontrado, pergunte "Por que estes seres onipotentes não se ofereceram para resolver todos nossos problemas para nós?"
66- Quando uma relutante testemunha de um encontro der um passo à frente, a acuse de indiscriminadamente "buscar os holofotes da fama" com suas estórias "de outro mundo".
67- Pergunte por que os contatados e os abduzidos que fazem os relatos não foram infectados com vírus alienígenas. Rejeite como "absurdas" todas as evidências médicas sugerindo que de fato isto ocorreu. Categorize como "pura ficção científica" a noção de que uma compreensão sobre a imunologia alienígena pode estar mais avançada do que a nossa, ou que microorganismos alienígenas em quantidade suficiente podem estar limitados em sua
capacidade de interagir com nossos sistemas biológicos. Acima de tudo, rejeite
qualquer coisa que possa resultar numa efetiva investigação sobre o assunto.
68- Viaje para a China. Na sua volta, relate que "ninguém lá me contou ter visto UFOs". Insista que isto prova que nenhum UFO é relatado fora dos países cujas populações foram expostas excessivamente à ficção científica.
69- Aonde a regressão hipnótica tem obtido testemunhos consistentes de contactados em casos ao redor de todo o mundo e completamente independentes, argumente que a hipnose é provavelmente não-confiável, e é sempre inútil nas mãos de praticantes não-credenciados. Não se esqueça de acrescentar que os sujeitos devem ter entrado em contato com a literatura dos contactos com extra-terrestres, e que, não obstante suas credenciais, os hipnotizadores
envolvidos devem ter feito perguntas de modo a induzir as respostas que queriam ouvir.
70- Se alguém alegar que foi emocionalmente impactado por uma experiência de contato, aponte que emoções fortes podem alterar as percepções. Assim sendo, as lembranças daqueles que faz os relatos devem ser completamente não-confiáveis.
71- Mantenha que possivelmente não pode haver um ocultamento a cargo do governo para a questão dos extra-terrestres...mas apenas nos casos legitimados pelos motivos de segurança nacional!
72- Acuse os teóricos da conspiração de serem "teóricos de conspirações", e de acreditarem em conspirações! Insista que apenas teorias de "puro acidente" podem possivelmente dar conta dos padrões repetidos, organizados de supressão, negação e atividade de desinformação.
73- Na eventualidade da materialização do "cenário mais crítico", no qual um fenômeno anteriormente visto como anômalo é subitamente aceito pela comunidade cientítica ortodoxa, apenas se lembre que o público tem uma memória curta. Ou então simplesmente aplauda este
evento como "mais uma vitória do método científico" e não fale mais nisso. Ou ainda tire créditos, dizendo: "Bem, todo mundo sabe que este é um assunto monumentalmente significativo. De fato, meus colegas e eu estivemos debruçados estudando este assunto por
anos!"
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